domingo, 15 de novembro de 2009

Encontro de 19/10

No encontro do dia 19/10 foi necessário retomar algumas questões importantes da aula anterior, pois a chuva fortíssima do último encontro impediu que alguns cursistas chegassem até o local do encontro. Assim, retomei algumas informações sobre os projetos e portfólio.
Após essas considerações, entreguei aos cursistas dois textos: um apresentava muitos problemas de ortografia, mas era coerente; o outro não apresentava problemas ortográficos, mas, em compensação seu enredo era fraquíssimo. A idéia era fazer os professores analisarem qual dos dois era "melhor" e também pensar qual dos dois alunos necessitava de mais ajuda em suas produções. Unanimamente os professores disseram que é muito mais fácil sanar àqueles problemas ortográficos do que retomar toda uma idéia de textualidade. Assim, o aluno do texto incoerente, precisa de uma ajuda mais urgente e uma intervenção direta, na medida que o outro poderia sanar seus problemas não só com a intervenção direta do professor, mas lendo mais, por exemplo. Também analisamos textos dos meus alunos e fiz o seguinte questionamento: Como entregariam este texto de volta aos alunos e quais seriam as próximas intervenções? Essa proposta está relacionada com a TP6, que trata exatamente da importância da reescritura. Recordei também de uma importante fala de minha professora Tamar, onde afirmou da importância de determinarmos o que estamos analisando no texto do aluno naquele momento, para não cometermos o erro de entregarmos para o aluno um texto totalmente rabiscado, onde ele certamente pensará que não tem capacidade de produzir. Além disso, fazendo esses excessos de intervenções ao mesmo tempo, acabamos por não sanar nenhum problema.
Depois destes trabalhos com os textos, fizemos a atividade que denominei de "Aula de internetês". Fizemos um levantamento conjunto do vocabulário utilizado em chats e msn e lançamos no quadro. Após, os alunos tinham que ficar um na frente do outro, e simulamos um bate-papo, sem computadores, e sim com uma folha que escreviam e passavam para o outro interlocutor. Nesta produção teriam que usar as gírias da internet. Foi muito interessante para pensarmos que, ao invés de negar essas outras línguas em aula, temos que proporcionar espaços para que os alunos se expressem destas formas, mas deixando bem claro que aquela é a hora, e que nem sempre é assim.
Depois, fomos para a análise da TP6 e AAA6. Na TP, centramos principalmente nos textos que abordavam as expressões coloquiais dos alunos. No AAA analisamos várias atividades, mas no detemos nas "polas" (pag. 89). Apliquei a atividade com os cursistas, partindo de sinopses de filmes. Assim, eu lia a sinopse e os cursistas tinhas que preencher o "polas" com os personagens, objetos, lugares, ações e sentimentos. A atividade requer atenção ao que foi lido e determina muito bem essas importantes marcas textuais que são essenciais para a interpretação dos textos.
Por fim, os professores relataram suas experiências da semana.
Até a próxima!

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Oficina de 05/10

Estamos de volta!!!
Após uma semana (boa, mas cansativa) com a UnB, voltamos a mil! Digo que a semana foi cansativa, pois deste vez já estávamos mais tranquilos em relação ao que era o Gestar e as novidades não foram tão novas assim. Fiquei feliz de saber que poucos formadores desistiram e de ver que, apesar de tudo que nosso estado sofreu, os projetos estão andando, até mais organizados que em muitos outros lugares. Deve ser o sangue Farroupilha, hehehe.
A chuva deste último encontro nos atrapalhou e muito. Metade dos cursistas não vieram, pois o temporal foi feio mesmo! Eu também tava morrendo de medo de chegar até a escola! Mas os mais corajosos, lá estavam. Valeu galera de fé!!!
Essa oficina foi dedicada às primeiras unidades da TP6, que trazem a questão da argumentação na produção textual e do planejamento necessário nestas produções, para que atinjam verdadeiramente seus propósitos.
Mas antes de iniciar a TP, entreguei uma folha onde os cursistas deviam fazer uma avaliação da primeira etapa do curso, e gostaria de fazer algumas colocações sobre o que recebi.
Os seis cursistas presentes avaliaram os encontros desta primeira etapa como ótimos, o que me deixou muito feliz.
Como pontos positivos da primeira etapa eles relataram a troca de experiências, a qualidade do material, a transformação das aulas, o dinamismo das oficinas. Os pontos negativos estão basicamente centrados na falta de tempo dos cursistas e a dificuldade que outros professores tiveram e que os impediram de participar. Quanto as sugestões, os cursistas propuseram que este tipo de formação ocorra com outras áreas também e a continuidade desta formação no próximo ano.
Concordo em gênero, número e grau com os cursistas!!!
Bem, mas entrando na TP6, iniciei o tema “argumentação”, dizendo aos cursistas que aquele seria o último encontro, que não teria continuidade e que eles, portanto, não ganhariam certificado algum, A não ser que eles argumentassem muito bem por escrito o porquê isso não poderia acontecer e me convencessem do contrário. Feito e lidos os argumentos, refletimos sobre quais os recursos que utilizaram para me convencer. Desta forma, chegamos nos tipos de argumentação que podemos usar em um texto.
Em seguida, divido meus 6 cursistas em dois grupos. Um grupo ficou com a unidade 21 e o outro com a unidade 22. Solicitei que analisassem para depois comentarmos juntos. Foi o que fizemos. Os cursistas gostaram muito das atividades e, conforme a Débora, dá vontade de fazer todas.
Na seqüência, analisamos juntos algumas atividades do AAA6, destacando a análise de propagandas (p. 15), as tirinhas da Mafalda ( p. 20), a descrição nos anúncios (p. 42) e a história maluca (p. 49).
A última atividade realizada foi a seguinte: entreguei para cada grupo uma palavra. O grupo tinha que elaborar dicas sobre do que se tratava, mas a idéia era que o grupo contrário não descobrisse. No entanto, não podiam dar uma dica que não viesse ao encontro do objeto. Ganhou o grupo que, depois de dar as sete dicas, não teve seu objeto revelado. Finalmente o grupo da Isabela ganhou, hehehhehehe. A atividade foi divertida e trabalhou muito bem essa questão de planejarmos o que escrever, de acordo com nossos objetivos, que, neste caso, era não permitir que o grupo contrário descobrisse qual o objeto descrito, sem fugir da coerência das pistas. Na semana que vem terei que voltar a alguns assuntos, pois metade dos cursistas não estavam.
Até a próxima!
Oficina de 21/09

Essa oficina livre foi dividida em quatro momentos:

1° Aplicação de duas atividades pela cursista Débora. A primeira consistia em um jogo de travalínguas, no qual os alunos, com o auxilio de um tabuleiro (criado pela professora), jogavam dados e para irem avançando no jogo deviam ler o travalíngua corretamente. Nos divertimos muito com a atividade. Já num segundo momento, ela aplicou uma atividade de unir os títulos dos textos com o corpo do texto, que também foi bem bacana.

2° Leitura e análise dos textos O povo, do Luis Fernando Veríssimo e O Brasil, do Millôr, que trazem a questão da ironia . A partir dele, pensamos em como mostrar para os alunos seus próprios problemas no texto, como a falta de idéias e posicionamentos consistentes.

3° Esclarecimentos a respeito dos projetos em andamento. Aluás, os cursistas levantaram uma questão bem importante, que foi o pouco tempo de trabalho que tiveram e que prejudicou muito a realização dos projetos. Alguns pretendem aplicar melhor o projeto elaborado em 2010, desde o início do ano letivo.

4° Reflexões partindo dos power points do Mário Quintana e Sementes .
Na semana que vem não teremos encontro, pois estaremos com a Tamar, enchendo ela de perguntas, hehheheh. Nesta etapa, é ela que vai sofrer, pois nós, formadores, já vimos que o bicho não tem sete cabeças (umas três, talvez...).
Oficina de 14/09

Dedicamos essa oficina ao estudo das unidades 19 e 20 da TP5.
As atividades que o grupo mais gostou e que também realizamos em aula foram:
* reescritura do mapa de previsão do tempo ( p.120 da TP5);
* técnica de produção poética baseada nos poemas A pesca e O show (p. 128 e 129, TP5);
* atividade de produção textual da página 71 do AAA5);
* organização da História sem pé nem cabeça (p. 75 do AAA5);
Essa última atividade eu e mais alguns cursistas aplicamos em diferentes séries e percebemos bastante dificuldades na sua resolução. Discutindo o porquê dessa dificuldades, chegamos a conclusão que os alunos ainda não conseguem perceber as pistas semânticas, sintáticas e estruturais presentes em um texto. Coisas muito simples, como uma frase onde se abre parênteses ser seguida por outra que fecha parênteses passava despercebido. Ou seja, ainda precisamos trabalhar com nosso aluno o “miudinho”, esses traços importantes que fazem de um amontoado de frases um texto.
Além dessas atividades, também trouxe algumas coisas fora do material, como alguns pequenos textos que em algum momento se tornavam incoerentes por diferentes motivos (falta de concordância, de verossimilhança, de pontuação, de idéias verdadeiras entre si...). Os professores tinham que analisar e encontrar esses pontos de incoerência.
Ainda trabalhando com essa questão, agora voltando-se mais para a adequação da linguagem no estabelecimento da coerência, trouxe dois textos sobre a Gripe A, onde analisamos qual deles funcionaria melhor para os públicos em questão, pensando inclusive nas ilustrações trazidas e público alvo.
Outra atividade bacana que fizemos foi baseada nas músicas Te ver (Skank) e Sou assim sem você (Adriana Calcanhoto). Após ouvirmos a música, propus que eles elaborassem em duplas um poema que trouxesse coisa que não são possíveis umas em as outras. Saíram trabalhos maravilhosos!
Por fim, coloquei no lado de fora da sala de aula, colado na parede, textos recortados e com seus parágrafos embaralhados. Cada grupo tinha que mandar um componente por vez para pegar o parágrafo correto, que desse sequência ao que o companheiro havia trazido anteriormente. A atividade foi bem legal, mas ressalto a importância de, antes de qualquer atividade, deixar as regras bem claras aos alunos. Tais regras também devem ser bem pensadas antes de serem estabelecidas, para a atividade não se tornar maçante e atingir os objetivos propostos.
O encontro foi bem interessante e os cursistas, como sempre, foram muito participativos.Até a próxima!

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Oficina do dia 31/08

Este foi um dia que dedicamos a uma oficina livre. Resolvi, então, passar o filme "Entre os muros da escola". Embora o filme seja francês, a realidade do subúrbio mostrada nele, em muitos momentos se assemelha bastante com a realidade vivida no nosso município.
Após o filme, fizemos uma discussão sobre o que vimos.
A discussão se centrou em alguns pontos do filme, como por exemplo, como o protagonista ( um professor de língua materna) se posicionava ante os alunos e maneira como abordava a língua e a literatura aos alunos. O filme mostra bem claramente que, os professores só conseguem se aproximar dos alunos quando solicitam atividades que permitem que els tragam suas vivências e falem da realidade que os cerca.
Além dessa importante reflexçao pedagógica, o filem também é muito interessante para trabalhar a questão racial, que permeia os conflitos na escola, pois os alunos da turma são de diferentes países. O respeito ao outro e às diferenças é um ponto chave a ser discutido a partir do filme.
Solicitei que os cursistas fizessem um relato sobre o filme e que colocassem o mesmo no portfólio.
Visto que semana que vem temos feriado, nos encontraremos somente dia 14/09, onde realizaremos mais atividades relativas à TP5, especialmente as unidades 19 e 20.
Até a próxima!!!

Oficina de 24/08

Neste dia iniciamos a TP5 e , como tenho feito no início de cada TP, dei um panorama teórico geral sobre Estilística, Coerência e Coesão, que são os pontos tratados na TP em questão. Utilizei como recurso o data show para projetar um material que preparei, que foi uma mistura de um arquivo pronto que havia no CD que a Tamar, minha professora da UnB, disponibizou pra gente, mas também utilizei um material do Pós-Graduação que faço, baseado em Ingedore Koch. Sempre que fizemos essa retomada teórica, um bom tempo da oficina é utilizado, pois é interessante repassar alguns pontos da teoria que ficaram guardados há algum tempo, visto que alguns dos cursistas já se formaram há alguns anos. Percebo também que se sentem mais seguros ao realizar atividades embasadas teoricamente.
Após tal exposição, realizamos algumas atividades práticas. A primeira delas foi mostrar no data show algumas propagandas multimodais e bem criativas para que percebessemos quais os elementos ativados necessariamente para que se estabelecesse uma coerência entre a imagem e o texto escrito. Vejamos algumas delas:






Assim como nas propagandas acima, nas demais selecionada, era necessário utilizar nosso conhecimento de mundo para compreendê-las , ou seja, estabelecer coerência. Partindo disso, refletimos sobre as propostas de produções de texto que levamos aos nossos alunos e que, muitas vezes, vêm a "podar" a possibilidade de eles escreverem trazendo suas vivências para o texto.
Após essa primeira atividade, seguiram-se as seguintes:
* DITADO SEMÂNTICO: dita-se para os alunos algumas palavras ( palavra verde, palavra triste, palavra sorridente...) e eles devem escrever algo que venha em mente ao pensarem em algo daquele jeito. Após o ditado, é interessante trabalhar com o texto da página 40 da TP5, chamado Palavras, da Adriana Falcão.
* DEU A LOUCA NOS FINAIS DOS CONTOS DE FADA: coloca-se para os alunos escutarem CD's com histórias clássicas infantis, mas interrompe-se a audição em um momento de clímax, sendo que os alunos devem dar um final coerente e criativa à história.
* DISTRIBUINDO CHEQUES: após toda uma preparação por parte da professora, que conta ter ganhado um bom dinheiro no sorteio, distribui-se aoa alunos imitações de folhas de cheque, preenche-se junto com um valor X e parte-se para a produção textual, onde os alunos devem relatar o que fariam com o dinheiro.
Essas atividades foram muito bem recebidas pelos professores, que participaram ativamente das tarefas.
Também deu tempo de analisar algumas outras atividades, como os textos das páginas 15 e 36 da TP5 e algumas atividades das unidades 17 e 18 do AAA5, que, em minha opinião, é o módulo que traz as atividades mais interessantes até agora.
Fechamos a oficina com as propostas de prática em sala de aula.
Essa foi, em minha opinião, uma das melhores oficinas até agora.
Até apróxima!!!


quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Oficina do dia 17/08/09

Após estarmos e recesso por quatro semanas devido a gripe A - H1N1, voltamos com tudo para darmos sequência ao nosso curso. Infelizmente, os professores não conseguiram aplicar as atividades do último encontro, pois era a última semana de aula, além dessa parada forçada ter prejudicado basrtante o andamento das aulas. Assim, o único relato que tivemos foi do cursista Carlos, que disse ter reformulado com a sua turma uma atividade que não tinha obtido muita aceitação da turma em uma aula anterior. Percebendo que desta vez havia dado certo, ressaltou a importância de readaptarmos de acordo com a nossa realidade e nossa turma as atividades sugeridas no material do Gestar e mesmo por mim. Achei importante essa busca pelo resultado positivo de uma atividade, que tira o professor de um comodismo pessimista e lhe transforma em um pensador, um pesquisador mesmo dentro de sua sala de aula.
Após esse relatos partimos para duas atividades bem interessantes. A primeira não consta no material do Gestar, mas foi uma dica de uma colega de profissão, que é o uso dos jogos Boole para desenvolver a interpretação de texto. Esses jogos nada mais são que quebra-cabeças historiados, onde o aluno precisa voltar várias vezes no texto para conseguir desvendar os mistérios que estão sendo questionados, desenvolvendo na turma a atenção na leitura e a busca no texto daquilo que não está dito nas linhas, mas sim na análise das demais informações. Montamos três grupos para jogar (para os professores escolhi, claro, o nível mais difícil), sendo que dois grupos chegaram as respostas corretas. Os professores gostaram bastante da atividade e estamos vendo como podemos entrar em contato com a empresa para adquirirmos o material. No entanto, no curso já elaboramos maneiras de trabalharmos a atividade sem termos os jogos originais, afinal, nada se cria, tudo se transforma.
A segunda atividade consistia em unir reportagens de jornais e revistas as suas respectivas manchetes e relatar em que momento da reportagem foi possível fazer o link com a manchete.
Após o intervalo, ainda nessa perspectiva de leitura trazida pela TP4, usamos o sata show para fazermos a s leituras de imagens de ilusão de ótica, trabalhadas na primeira formação do MEC, além do livro ZOOM e, como estávamos com o data show montado, já aproveitei para passar o livro "O carteiro chegou", que não tínhamos tido a oportunidade de ver anteriormente. Essas atividades foram bem interessantes e os professores solicitaram o envio desse material para que pudessem trabalhar com seus alunos.
Para finalizar, retomamos a TP4, sugerindo um trabalho com o texto "Admirável mundo louco",. da Ruth Rocha, a partir da "mãozinha" da interpretação que há no AAA4. Ainda na TP4, sugeri a atividade do preenchimento de postais, da página 181, que trabalha gênero, produção de textos e adequação da linguagem.
Com o tempo esgotado, indiquei as atividades do Avançando na Prática para serem aplicadas e solicitei que os cursistas lessem e trouxessem para a o próximo encontro a TP5 e suas respectivas AAAs. Aliás, agora entraremos na parte que mais gosto e domino: estilo, coesão e coerência. Até a próxima!