quarta-feira, 15 de julho de 2009

Oficina de 13/07

Oficina de 13/07/09

Iniciamos, então, a TP4. O bacana é que o município aderiu com tudo ao Pró-letramento e, assim, não faltou embasamento para a discussão. No entanto, uma importante questão levantada foi a falta de formação na área de lingüística da maioria dos professores de séries iniciais. Refletimos bastante sobre a questão da chegada dos alunos na quinta série sem a segurança necessária na produção de textos.
Mas antes de qualquer coisa, tivemos nosso habitual momento dos relatos das atividades aplicadas. Meu querido Carlos André ( cursista que faz falta para qualquer formador) relatou uma experiência não muito positiva com sua turma de quinta série. Procurou trabalhar a produção textual levantando a questão do intergênero, partindo do manual de instruções. No entanto, a turma teve dificuldades e o professor acredita que faltou tempo para explorar mais adequadamente o manual antes de propor a produção textual, além de também pensar que a questão da idade dos alunos influenciou na atividade.
Mas o grande relato foi da Marlene ( que também é uma cursista muito dedicada). Conforme ela, os alunos têm melhorado muito a escrita depois das atividades do Gestar, o que me deixou muito feliz, afinal, fiz uma super propaganda no primeiro dia e tenho que fazer por merecer a confiança dos professores. Como é bom ouvir isso, nossa...
Bem , após os relatos, fizemos a atividade da produção textual partindo de gravuras, como na primeira etapa da formação e foi bem legal. Acho incrível como os cursistas têm a mesma postura dos nossos alunos, servindo de termômetro para o andamento das oficinas. Graças a Deus,até agora parece que tenho tido boas respostas. É bacana também que sempre criam outras alternativas para a aplicação da atividade. Acho isso fabuloso. Penso que o Gestar é um rumo, mas não deve ser algo pronto nem estanque.
Na seqüência, levei três textos cujo eixo temático era o sensacionalismo e a violência na televisão. Um dos textos era literário (um conto do Scliar), uma charge e um artigo de opinião. A questão era: em qual ordem apresentariam para os alunos?
Embora o artigo fosse mais claro e linear, todos os cursistas disseram que apresentariam primeiro o conto do Scliar O clube dos suicidas, justificando com o fato de chamar mais a atenção dos alunos, pelo aparente humor que ele traz. Também é bem interessante para trabalhar a entonação da leitura, muito evidenciada neste texto. Em um segundo momento disseram trabalhar com a charge e somente no final com o artigo. Pareceu-me interessante essa escolha, usando como critério o sabor de Rubem Alves. Realmente, nossos alunos não gostam de ler e me parece que os professores tem razão em deixar o texto mais sério para depois e começar pelo prazer, pelo diferente, embora, se eu não me engano, não tenha sido essa a orientação recebida no nosso encontro. Também temos que reconhecer que cada região tem sua realidade e deve ser respeitada.
Finalizei com um “resumo” das idéias da TP4 no Data Show. O tempo estava quase se esgotando e teve de ser um pouco rápido, mas, se necessário, retomo algumas questões no próximo encontro, que será somente no dia 03/08, pois os professores estão de férias por duas semanas.
Então, até a volta!!!

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Oficina Livre do dia 06/07/09

Infelizmente nosso encontro da semana anterior não aconteceu devido a um alerta de temporal da Desfesa Civil. Assim, as escolas fecharam e tivemos que que cancelar nosso encontro.
Mas nessa segunda ele aconteceu.
Primeiramente ouvi novos relatos dos professores. O mais interessante foi o da cursista Débora, que desenvolveu a atividade do dicionário com a turma mais "difícil" da escola. Além da aula ter sido um sucesso, a cursista relatou que o relacionamento dela com os alunos da turma mudou completamente. Mesmo nas aulas mais voltadas à gramática, os alunos trabalham sério, pois sabem que tais conhecimentos servirão de ferramentas para as aulas "diferentes", pois é desta forma que se referem às atividades do Gestar.
Após os relatos entreguei mais algumaa cópias de atividades sobre gêneros textuais. No entanto, nosso foco da oficina foi o filme Os narradores de Javé. Assistimos ao filme, mas como os relatos e o tempo do filme tomaram bastante tempo, entreguei aos cursistas o roteiro para que refletissem sobre as questões e fizessem um texto sobre o filme, relacionando seu enredo com as questões trabalhadas na TP3.
Na próxima oficina iniciaremos a discussão sobre Processos de Leitura e Escrita.

domingo, 5 de julho de 2009

Oficina do dia 22/06

Oficina do dia 22/06/09

Sem dúvida, esse foi o melhor encontro até agora. Saí empolgadíssima, contente com a resposta que os cursistas trouxeram de suas primeiras experiências em sala de aula com o Gestar. Mas comecemos do começo...
Neste encontro, primeiramente, procurei esclarecer algumas dúvidas que senti que ficaram em aberto do encontro anterior especialmente a questão da dissertação. Por uma ótima coincidência, tive uma aula no pós-graduação sobre isso durante a semana. A professora nos colocou que uma dissertação ou redação, como é pedida nos vestibulares, por exemplo, logo serão substituídas, visto que dissertar e redigir nada mais é do que “escrever sobre” . O correto seria solicitar dos alunos um artigo de opinião ou qualquer outro gênero textual adequado para tratar de um determinado assunto. Ou seja, os alunos terão que dominar gêneros textuais diversos e suas funcionalidades. Com essa discussão, tudo se esclareceu.
Passemos, então, aos relatos orais dos professores sobre suas práticas em sala de aula, que foi o ponto máximo do encontro. Os professores estavam muito satisfeitos com os resultados e alguns até confessaram que foi a primeira vez que os alunos demonstram ficar chateados em ouvir o sinal que indicava o final da aula. Queriam continuar a atividade proposta, se engajaram verdadeiramente.
Muitos dos cursistas trabalharam a paródia do Baião, como fizemos no encontro anterior e disseram ter alcançado ótimos resultados; outros trabalharam com a questão do intergênero, partindo de classificados de jornais para produzir classificados poéticos. Mas o mais interessante foi perceber que eles estavam contentes por ter dado certo, além de se conscientizarem que os alunos percebem quando a aula tem sentido, foi planejada, elaborada para eles. Se sentem valorizados e demonstram através da realização das atividades que valeu a pena sentar e planejar algo que se enquadrava com aquela turma, que desenvolveria seu potencial,criativo, que seria funcional, divertido ou os dois ao mesmo tempo.
Também foi bacana de ver que alguns cursistas não se limitaram a fazer uma das atividades, mas já tinham todo um planejamento de dar seqüência ao trabalho com outras atividades, sejam elas do Gestar ou criadas por eles . Essa é a idéia do Gestar: não ser um curso onde se faz de conta que está se aperfeiçoando, mas para realmente mudar sua sala de aula.
Depois disso, passamos para duas atividades práticas bem interessantes: a montagem do vídeo-clip e os intergêneros manual de instruções, receita culinária e bula de remédio.
O vídeo-clipe nos tomou bastante tempo. Essa atividades consistia no seguinte: cada dupla recebeu a letra da música Eduardo e Mônica, do Legião Urbana e deveria desenhar em uma lâmina transparente duas estrofes pré-estabelecidas da canção. Feito isto, com o retro-projetor e a música de fundo, íamos passando seus desenhos e formando um clip. Foi muito divertido ver os desenhos dos colegas, em uma tentativa de interpretar o que a canção dizia
Após o intervalo partimos para a questão do intergênero, dividindo a turma em três grupos. Um criou um texto usando o gênero receita culinária, o outro um manual de instruções e o terceiro uma bula de remédio. Tomos se dedicaram bastante para a realização da atividade.No último momento demos uma olhada nas unidades 11 e 12 da TP3 e estabelecemos as atividades que poderíamos aplicar para nosso próximo relato. A próxima oficina será livre e pretendo trabalhar o filme Os narradores de Javé. Até a proxima!