domingo, 15 de novembro de 2009

Oficina de 26/10

É... Nesta altura do ano já estamos de arrasto, e não são só os cursistas, heheheh. Mas vamos lá galera, agora estamos na reta final.
Neste dia fizemos uma Oficina Livre. Assim, optei por trabalhar melhor a questão da interpretação textual e níveis de leitura.
Primeiro ouvimos os relatos dos professores. Pelo que comentaram , as atividades "Aula de internetês" e "polas" fizeram sucesso. Sobre a primeira, os cursistas comentaram que nunca viram eles escreverem com tamanho silêncio, visto que a regra era não falar, assim como em uma lan hause. Também comentaram que, quando pediram que "saíssem da sala" para encerrar a atividade, pediram para poder escrever mais um pouco, pode????? Heheheh. Que maravilha!!!. Tudo de bom um professor ouvir de um aluno que quer escrever mais.
Bom, voltando a interpretação, lemos um texto e pedi que cada trio elaborasse questões interpretativas para aquele texto. Depois que cada grupo colocou no quadro suas questões. Organizamos a ordem em que estas questões deveriam ser passadas aos alunos, de acordo com a importância e os níveis de leitura. Outra discussão importante foi sobre a questão das perguntas cujas respostas são as chamadas "pessoais". Muitos professores de Língua Portuguesa lançam perguntas deste tipo achando que, depois de um amontoado de perguntas óbvias, essas são a demonstração do quanto são inovadores. No entanto, esquecem do mais importante em uma interpretação de texto: o texto. Claro que é importante o exercício da oralidade, dos momentos de expressão, mas tudo tem hora. E não são perguntas cujas respostas são de cunho pessoal que salvam a interpretação, assim como o uso do texto como pretexto para o ensino da gramática também não são. Como diz minha professora Maria Luci, do curso de pós graduação, temos que olhar o miudinho do texto, analisar a língua, as pistas textuais. Fazer o aluno ler o dito e o não dito.
Após essas discussões, havia prometido aos alunos que daria um tempo para conversarem entre si sobre os seus projetos e tirarem dúvidas, visto que no dia 07/12 terão que apresentá-los para turma, assim como entregar um resumo deles para os demais, para que possam, assim que possível e se de interesse for, aplicar também. Mais uma vez o tempo tem sido nosso inimigo. Alguns professores não conseguirão aplicar na íntegra o projeto. Conversando, chegamos a conclusão que daremos nosso máximo. Caso não saia exatamente como queríamos, é bom lembrar que não estamos no Gestar para mudar nossas aulas por um ano. O Gestar é transformação. Sei que estão felizes com os resultados, e nada como saírmos satisfeitos de nossas aulas. Tenho certeza que meus professores não serão barrados pelo tempo, até porque eles são muito especiais e dedicados.
Bom, até a próxima.

Encontro de 19/10

No encontro do dia 19/10 foi necessário retomar algumas questões importantes da aula anterior, pois a chuva fortíssima do último encontro impediu que alguns cursistas chegassem até o local do encontro. Assim, retomei algumas informações sobre os projetos e portfólio.
Após essas considerações, entreguei aos cursistas dois textos: um apresentava muitos problemas de ortografia, mas era coerente; o outro não apresentava problemas ortográficos, mas, em compensação seu enredo era fraquíssimo. A idéia era fazer os professores analisarem qual dos dois era "melhor" e também pensar qual dos dois alunos necessitava de mais ajuda em suas produções. Unanimamente os professores disseram que é muito mais fácil sanar àqueles problemas ortográficos do que retomar toda uma idéia de textualidade. Assim, o aluno do texto incoerente, precisa de uma ajuda mais urgente e uma intervenção direta, na medida que o outro poderia sanar seus problemas não só com a intervenção direta do professor, mas lendo mais, por exemplo. Também analisamos textos dos meus alunos e fiz o seguinte questionamento: Como entregariam este texto de volta aos alunos e quais seriam as próximas intervenções? Essa proposta está relacionada com a TP6, que trata exatamente da importância da reescritura. Recordei também de uma importante fala de minha professora Tamar, onde afirmou da importância de determinarmos o que estamos analisando no texto do aluno naquele momento, para não cometermos o erro de entregarmos para o aluno um texto totalmente rabiscado, onde ele certamente pensará que não tem capacidade de produzir. Além disso, fazendo esses excessos de intervenções ao mesmo tempo, acabamos por não sanar nenhum problema.
Depois destes trabalhos com os textos, fizemos a atividade que denominei de "Aula de internetês". Fizemos um levantamento conjunto do vocabulário utilizado em chats e msn e lançamos no quadro. Após, os alunos tinham que ficar um na frente do outro, e simulamos um bate-papo, sem computadores, e sim com uma folha que escreviam e passavam para o outro interlocutor. Nesta produção teriam que usar as gírias da internet. Foi muito interessante para pensarmos que, ao invés de negar essas outras línguas em aula, temos que proporcionar espaços para que os alunos se expressem destas formas, mas deixando bem claro que aquela é a hora, e que nem sempre é assim.
Depois, fomos para a análise da TP6 e AAA6. Na TP, centramos principalmente nos textos que abordavam as expressões coloquiais dos alunos. No AAA analisamos várias atividades, mas no detemos nas "polas" (pag. 89). Apliquei a atividade com os cursistas, partindo de sinopses de filmes. Assim, eu lia a sinopse e os cursistas tinhas que preencher o "polas" com os personagens, objetos, lugares, ações e sentimentos. A atividade requer atenção ao que foi lido e determina muito bem essas importantes marcas textuais que são essenciais para a interpretação dos textos.
Por fim, os professores relataram suas experiências da semana.
Até a próxima!