Avaliação do Gestar II - Língua Portuguesa
Assim tudo começou...
Na primeira formação do Gestar, tivemos medo, susto, vontade de sair correndo e, como disse para minha coordenadora no terceiro dia, estava querendo me atirar no Guaíba. Mas o que aconteceu é que a promessa da Tamar, que depois de quarto dia tudo iria estar mais claro, se concretizou. Chegamos, na hora do desespero, a ligar para a secretária de educação do município e dizer que o projeto era inviável, que nenhum professor iria topar aquela loucura toda. Mas na sexta-feira já estávamos planejando como colocar tudo aquilo em prática, adaptando a nossa realidade.
Meu maior medo não era, de modo algum, passar adiante aquilo que eu havia aprendido, que, aliás, não foi pouco. Confesso que aprendi mais em cinco dias sobre a prática em sala de aula, do que em cinco anos de universidade. Já havia ingressado no pós, justamente para me sentir segura e embasada nesse papel que eu iria desenvolver. Meu medo era de encarar os professores do meu município, que, como estou incluída, sei muito bem como são: capacitados, interessados, mas muito críticos. Será que um professor de 25 anos de carreira iria ouvir alguém com 8 anos no magistério? Qual era a fórmula para não ser alvo de críticas, deboches, indiferença?
Bom, o jeito foi ser eu mesma e seja o que Deus quiser.
No primeiro dia a tremedeira foi geral, mas consegui vender bem o peixe. Todos ficaram empolgados. Eis que surge o grande problema: tempo! Foi isso que impediu que muitos professores participassem.
Dado o pontapé inicial, o jeito era tocar em frente. A cada encontro perecbia que estava dando mais certo e a fórmula logo foi descoberta: professores que amam o que fazem, querendo fazer ainda melhor, querendo conquistar seus alunos. Assim foi fácil. As trocas enriqueceram nossas oficinas, que foram adaptadas às situações que vivemos em nosso município. O desânimo era algo que não existia e as dificuldades dos alunos eram expostas seguidas de uma preocupação de como superá-las e nunca com um fatalismo impossível de mudança. E foi isso que me fez seguir, mesmo naqueles dias frios e de chuvas. Ver o que é educar de verdade e saber que em Alvorada os alunos têm professores que acreditam neles, independente da realidade em que estão inseridos.
Com o tempo aquele arrependimento de ter aceito o convite da SMED foi dando lugar à valorização dessa oportunidade única que tive. Trabalhar com os professores me encorajou para muitas outras tarefas as quais eu achava inviável e agora não acho mais.
Creio também que os cursistas só mudaram sua prática pedagógica porque viram que eu também acreditava muito nesse projeto, também estava em sala de aula e mostrava meus resultados.
Em minha opinião, o MEC, em parceria com a UnB, está de parabéns por esse maravilhoso projeto. É muito bom saber que lá em cima tem gente que sabe o que está fazendo, que apoia mudanças reais, que é inteligente, sem ser inflexível. Espero que essas oportunidades criem dimensões cada vez mais amplas, em todas as áreas do conhecimento. O que está sendo feito em prol da educação é inovador, é inédito. E que os estados e municípios compreendam a importância dessas parcerias como Alvorada entendeu, colocando os futuros cidadãos da cidade em primeiro lugar.
Obrigada UnB, Tamar, MEC, Solange, Secretária Jussara, meus amados cursistas.
Quem sabe essas parcerias não possam ter sequencia...
Parabéns para todos nós!
domingo, 28 de fevereiro de 2010
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